quinta-feira, maio 3

A esposa de Lutero // Aline Albernaz


Hoje acordei com um comichão! Quero muito entender o momento histórico em que estamos inseridos na perspectiva do cristianismo aplicado aos nossos dias. Com essa coceira incomoda fui para o google ler sobre os reformadores, pesquisar sobre suas biografias e resistências, sobre o movimento que começou no velho mundo e se espalhou por toda parte. Olhar o passado ajuda a entender o presente e poupa dissabores para o futuro. Li algumas histórias e compartilho uma delas aqui. Especialmente para as mulheres, desejo uma leitura sagaz!
“Katharina von Bora
Catarina (Katharina) von Bora (Lippendorf 1499-1552) foi uma freira católica cisterciense alemã. Em 13 de Junho de 1525, casou-se com Martinho Lutero, líder da Reforma Protestante.
Catarina abriu as portas da sua casa pra que monges, freiras, padres que escancaravam seus corações pra verdade de Deus e se tornavam adeptos da Reforma se refugiassem, mesmo sabendo que estavam entrando num tempo de perseguição e isso pudesse resultar numa invasão ao seu lar. Existiram vezes, que 25 pessoas moravam em sua casa, sem contar ela, Lutero, as crianças e os 11 órfãos de quem cuidavam!
Lutero nunca se negava a ajudar um necessitado. Sempre oferecia dinheiro a quem precisava e logo logo, acabou com as lindas porcelanas que Catarina ganhou de presente de casamento, vendendo para conseguir dinheiro e abençoar aqueles que lutavam pela causa da graça de Cristo!
Katy cuidou de Hans Lutero, seu primeiro filho, ao mesmo tempo em que seu esposo passava por uma terrível depressão. Ela se sentava ao seu lado e lia a Bíblia pra ele edificando seu coração. Conciliou as tarefas da casa, de hospedagem, mãe, esposa com a árdua tarefa de ajudar Lutero na tradução das escrituras para o alemão. Ouvia os desabafos de Martinho e sabia que cada vez que ele saia para pregar podia não o ver voltar, pois quanto mais pregava, mais inimigos Lutero ganhava. Expandir o Reino e as verdades bíblicas significava para Catarina poder ficar viúva. Mas ela sempre o encorajava: “Deus cuidará de nós. Não tema! Pregue!”.
Ela realmente é admirável. Sua postura permitia Lutero pregar livremente e arriscar sua vida pela Verdade!
“Catarina não escreveu nenhum livro nem pregou nenhum sermão, mas sua inestimável ajuda possibilitou que o marido fizesse isso. Ela foi um grande apoio pra ele.” Como Lutero mesmo disse a um amigo: “Minha querida Katy me mantém jovem e em boa forma também (risos). Sem ela eu ficaria totalmente perdido. Ela aceita bem minhas viagens e, quando volto, está sempre me esperando. Cuida de mim nas depressões. Suporta meus acessos de cólera. Ela me ajuda em meu trabalho e, acima de tudo ama a Jesus. Depois de Jesus, ela é o melhor presente que Deus em deu em toda a vida… Se um dia escreverem a história da Reforma da Igreja espero que o nome dela apareça junto ao meu e oro por isso”.
Tudo que Catarina Lutero falou ao ouvir isso foi: “Tudo que tenho sido é esposa e mãe e acho que uma das mais felizes de toda a Alemanha!”. Lutero chamava sua esposa de “estrela da manhã de Wittinberg”. Katie viveu por mais seis anos após a morte do esposo em1546.”

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