quarta-feira, junho 27

O objetivo do discipulado



Por Jamê Nobre:

O discipulado tem sido confundido com muitas coisas: com cursos, com métodos, com esquemas, com militarismo e ainda muitas outras coisas. Mas, quando olhamos para Jesus e seu relacionamento com os homens que o seguiram, o que encontramos é uma atitude de quem serve.
Ele falou que o maior fosse aquele que servisse. Também disse que não veio para ser servido, mas para servir. Ele lavou os pés dos discípulos e nos orientou a fazer o mesmo.
Onde estão as posições de autoridade que muitas vezes queremos? Podemos dizer que, pelo fato de sermos pais na igreja, temos o direito de sermos obedecidos?
Precisamos compreender, entretanto, algumas coisas:
1. Na igreja, não temos direitos (foram cravados na cruz). O único e irrevogável direito que temos é o de servirmos aos nossos irmãos.
2. Na igreja, os pais ocupam uma posição de servos mais velhos pois, numa casa, quem é o que mais serve?
3. Os que ocupam um papel de autoridade o fazem para o bem-estar da família/igreja. O fim da autoridade é a vida de seus discípulos. (Assim como lhe deste poder sobre toda carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste – Jo 17.2).
Penso que a meta do discipulado não é ensinar alguém a obedecer. Penso que a meta do discipulado é apresentar a pessoa ao Senhor Jesus. Acho até que o trabalho do discipulador não é o de formar o caráter de Cristo no discípulo, mas expor esse discípulo a uma operação do Espírito Santo para que este faça a obra.
Precisamos fazer como fez João, o batista. Ele estava com dois de seus discípulos. Ao ver Jesus, ele lhes disse: “Eis o cordeiro de Deus…” Os seus discípulos, ouvindo isso, seguiram Jesus.
O nosso trabalho é guiar os discípulos até o Senhor. Erramos quando trazemos os discípulos para nós e nos tornamos o foco de atenção, o ponto de atração. O nosso papel é o do amigo do noivo: devemos preparar as pessoas para o Senhor Jesus. A obediência e a submissão estão integralmente ligadas a isso.
À medida que andamos e agimos dessa forma, o Senhor fará com que os discípulos dele que andam conosco nos obedeçam e se sujeitem a nós, no Senhor. Quando temos revelação da pessoa de Jesus, conduzimos as pessoas para essa mesma revelação. Foi o caso de Felipe e Natanael (Jo 1.43-51).
Não podemos compreender a questão e a natureza da obediência e da submissão fora do parâmetro maior da nossa própria e integral submissão ao Senhor dos senhores, ao Rei dos Reis, ao Cordeiro no Trono.
Extraído da Revista Impacto, Edição 37. Contribuição de Anderson Chaves.

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