domingo, abril 1

Provérbios de um discípulo [ 51 ]



Quanta controvérsia foi gerada, e quantas feridas abertas no fato dos cristãos serem santos no culto, e ímpios na vida.


Antes de irmos precisamos ser, antes do culto dominical a vida é um culto diário, antes de amarmos a instituição igreja, temos uma identidade Igreja que alcança o nosso lar, e gera vida nos nossos. Temos que voltar e rever posicionamentos.


Creio que muito do nosso IDE tem que ser um retorno. Um retorno aos fundamentos, um retorno a essência de ser Cristão e Igreja.


Nosso papel não é ter uma capacidade para realizar, é ter fé que a capacidade é do Senhor, e a vontade também.


Se estamos certos em nossas crenças e posicionamentos porque estamos desprovidos de vida em nós, e vida para outros através de nós? 



Podemos enxergar a maioria dos escândalos da Igreja associados à homens que consideram o místico o todo da fé, diferentemente de homens que consideram a Palavra o todo da fé, e o fim de todo assunto do ontem, do hoje, do amanhã, e da eternidade. 


Será que Deus considera Reino curar um enfermo, e não amar sua esposa? A distorção do nosso entendimento de Reino nos leva a associá-lo unicamente aos dons de cura, poder, e revelação. E em cima disso podemos enxergar no século XX inúmeros homens, e mulheres de Deus que fluíam nos dons, e caíram em armadilhas financeiras, e sexuais. Reino não é unicamente, e exclusivamente os dons. O Reino é a vida, a mentalidade, e a prática governadas pelo Rei, por sua autoridade, e Palavra.


Muitos homens de Deus que proclamam o Reino estão se perdendo, e perdendo suas famílias - vejo eu que um dos muitos problemas é considerar Reino [...] sinais, prodígios e maravilhas; e não considerar Reino a vida cotidiana. Curar é um sinal do Reino entre nós, mas uma família que expressa o plano de Deus também é Reino, ser como esposo, o Cristo da mulher é Reino, cuidar, zelar e amar sua família como Jesus faz com a Igreja é Reino.Reino não é simplesmente o que fazemos de sobrenatural, mas o que somos por sermos governados por Jesus, Reino não é fazer, é ser através do Rei que governa a vida, e a prática. 


Todos os dons nos colocarão diante da voz de Deus [A PALAVRA], caso contrário o que estamos chamando de dons, é um grande playground que o maligno montou para nos afastar da Verdade. 


Quantas pessoas viram anjos e não se tornaram filhas de Deus?
Quantas pessoas foram curadas, e não conheceram ao Senhor?
Quantas pessoas fazem parte do "mover profético", e possuem um lar destruído?
Quantas pessoas amam orar, orar em outras línguas, cair no chão, pular e gritar, mas odeiam ser geradas no mandamento?
Quantas pessoas acreditam que por sentir algo estão isentas de saber algo? 



Todos os dons do Espírito, e todas as vocações espirituais que servem na Igreja devem nos conduzir à obediência racional para com a Palavra de Deus, que é a verdade que separa nossa vida para o Senhor. (João 17.17) 


Não existe nada mais espiritual que nossa obediência à Palavra! 


As escrituras nos instruem a amarmos a Deus com todo nosso entendimento [mente] e isso é maior que qualquer experiência mística que possamos ter. 


Acredito plenamente nos dons do Espírito, mas também acredito firmemente que eles sejam um meio para um fim (Nossa obediência à Palavra), nos perdemos facialmente em tudo que é aparentemente espiritual, negando que a racionalidade do crer e obedecer por meio da Palavra não seja algo espiritual. 


Precisamos renovar nossa mente através da Palavra de Deus, para que em nós seja gerada a mentalidade de Cristo, e nossa vida comece a ser formada por aquilo que ocupa nosso entendimento, até que nossa vida seja a vida do Senhor, e o Senhor seja a nossa vida, só então começaremos a estabelecer uma cultura. 


Não podemos está no espaço físico igreja e continuarmos em conformidade com o mundo. É uma grande afronta ao Senhor, é um grande descaso com a humanidade que espera a manifestação dos filhos de Deus, e uma grande agressão consigo mesmo, pois não estaremos felizes, não somos totalmente de Deus, e acreditamos não ser totalmente do inferno, e isso não ajuda em nada nossa vida. 


Uma vida que ama o pecado é uma vida que continua na queda de Adão, por mais que você não aceite esse fato, é o fruto de sua vida que o diz. 


freqüentamos os salões de reunião da igreja, mas desprovidos do interesse de sermos estragados pelo Senhor, para que não mais caibamos na mentalidade do presente século. 


Quando somos construídos na identidade que vem do alto, existe uma mudança completa de quem somos, e daquilo que expressamos na vida. 


Existe uma cultura estabelecida no mundo através da desobediência de Adão, João em sua primeira epístola chama essa cultura de MUNDO, e quando ele diz isso não está falando sobre a HUMANIDADE que foi gerada por Deus, por isso é alvo do seu amor, graça e redenção, ele fala de uma cultura que estabelece uma mentalidade, e um estilo de vida que é totalmente avesso a Deus. Todo homem nasce nessa cultura caída, e, é nesse fato reside à maravilhosa notícia que é o Evangelho. 


O evangelho nada mais é que uma quebra de mentalidade, estilo de vida, e cultura... 


Que nossa vida seja o começo de tudo, que nosso lar seja o início da nossa proclamação de fé!
Quanta ousadia teríamos se víssemos nossa família rendida ao Senhor através de nós...
Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel. 1 Timóteo 5:8 



Como temos que enxergar a responsabilidade de sermos chamados de o CORPO DE CRISTO, como nosso coração deveria estar cheio de temor em reconhecermos o fato de a nossa vida ser à entrada de outros na vida e na salvação do Senhor, ou na frustração, e conseqüentemente morte eterna. 


Quantos daqueles que chamamos de perdidos, poderiam ser chamados de santos do Senhor, se nossa vida familiar fosse uma extensão dos céus. 


Anderson

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