quarta-feira, outubro 31

Provérbios de um discípulo /// 87

É mais fácil amar a obra, pois ela diz: "IDE". Difícil é revelar o conteúdo desta obra dentro da própria casa, o lugar para o qual precisamos "VOLTAR" todos os dias.

Sempre será mais fácil amar a obra, que amar os que precisam dela, principalmente os da própria casa que necessitam enxergar a vida que prometemos dar a outros.

As pessoas que dão enfâse exagerada no ministério sempre escondem lacunas na alma (...) buscam compensar o vazio existencial através da obra.

Quando defendemos o ministério em detrimento de outras coisas em nossa vida (...) deixamos claro que não reconhecemos o trabalho ministerial como um reflexo da vida que temos. A obra verdadeira não é a que se faz, e sim a que se vive.
A vida constrói o ministério, o ministério em si mesmo é a mentira de que possuímos uma vida. Podemos até não está plenos nesta realidade, mas devemos prosseguir para o alvo.

Por mais que o comportamento de um órfão seja aparentemente normal, ele carrega um vácuo dentro de si. Todas as atitudes visam a busca por significado, identidade e afirmação (...)Nessa busca surgem pais postiços, até que alguém se apresente como um pai de verdade. Eis um dos motivos para o retardo de nossa maturidade.

O pior tipo de ausência é aquela que está presente.

A orfandade intimida a alma.

A geração e a Igreja atual são frutos de uma geração de "senhores/donos" (...) poucos de nós conseguiram ser formados estavelmente por homens e mulheres de verdade e na verdade, em amor e exemplo. Antes de perguntarmos que qualidade de filhos temos e que tipo de Igreja lideramos hoje, precisamos reconhecer que tipo de pais e pastores fomos, há grandes estragos e dores na geração atual causado pela orfandade na Igreja e na família, uma tornou-se o reflexo da outra.
Diagnosticar, amadurecer e curar...

Temos que crescer para sermos semelhantes a Jesus (...) estáveis emocionalmente para lidar com a montanha russa que é o coração humano, só assim seremos "auto suficientes" para manter nossa posição de amor no ministério, reconhecendo que a mudança e o amadurecimento da vida das pessoas é fruto de um processo, nunca fruto do acaso, precisamos em graça entender o que nomeei de "fator Pedro".

A vida não é um acidente, ela é uma construção. Precisamos de graça para entender que as pessoas não são o que são por um mero acaso, precisamos de amor para reconstruí-las.

A prosperidade que não revela o propósito de Deus não é prosperidade, é apenas dinheiro.

A verdadeira prosperidade em Cristo: "Ter para que outros tenham", pois o contrário é "valorizar o que fica" e impedir que pessoas conheçam e sejam alcançadas pelo Senhor através de tudo que Ele tem feito e concedido.

Isaías 1:19 VS João 4:34
A teologia da prosperidade exalta o bem estar da vida passageira, enquanto a centralidade do Evangelho é fazer com que a vida seja eterna em Deus. A prosperidade que não revela o propósito de Deus não é prosperidade, é apenas dinheiro.

Eu acredito na prosperidade, só não acredito na teologia da prosperidade. A prosperidade do Senhor diz que recebo por causa de um propósito, a teologia da prosperidade diz que recebo por receber, e isso tira de mim o senso de missão, cauteriza meu coração para com as necessidades de outros, infla meu ego, me deixa de férias enquanto Deus está em Cristo reconcilidando consigo o mundo.

A alma de um órfão é timída porém violenta.
A violência é a falta de toda capacidade, confiança e argumento.
Ser curado é receber poder para curar...
A timidez torna-se reflexão e contemplação, a violência faz brotar amor e zelo por aquilo que se recebeu através da paternidade de Deus, autoridade e unção para amar, entender e restaurar os que padecem na mesma área.

Quando todos forem embora, quando não houver campo missionário (...) será que nosso cônjuge confirma aquilo que somos no Senhor? O relacionamento e a vida que temos no Pai depende do ministério para ser vida ou é ministério porque é vida?

Todos queremos o "IDE" , mas poucos desejam o "SER" e o "VOLTAR".

Anderson

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